Tendências
27.jul.2012
Tamanho da Fonte: A- | A | A+

Em oito anos, liberação de crédito da caixa salta de R$ 5 bi para R$ 80 bi

Crédito da caixa salta de R$ 5 bi para R$ 80 bi

Logo Copiar Blog Notícia

Os especialistas ainda não conseguem mensurar o quanto as últimas medidas econômicas, como as mudanças na remuneração das cadernetas de poupança e a redução da taxa básica de juro, esta última com consequência na diminuição de spreads e juros bancários, vão impactar o mercado de crédito habitacional e colaborar, ou não, para reduzir o déficit de moradias no Brasil. Dependendo da fonte de análise, esse déficit pode variar de 5,8 milhões a 8 milhões de unidades, a maioria concentrada na baixa renda. Para alguns analistas, zerar essa demanda, por enquanto, é "utópico" diante dos parâmetros atuais de desenvolvimento do país e das novas demandas que surgem diariamente. Mas, eles afirmam, a situação já foi muito pior.

Hoje, há mais projetos públicos subsidiando a aquisição de moradias para os brasileiros mais pobres e entre eles o mais importante é o programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, para famílias com renda bruta de até R$ 5 mil mensais. Expansão da oferta de crédito, mais emprego, aumento de renda, estabilidade e crescimento econômico também estão entre os principais fatores que impulsionam o mercado da construção, observam. O crédito mais farto é fundamental para a aquisição de bens de maior valor pelas classes de renda mais baixa e para a aquisição de imóveis ele foi impulsionado na última década, a partir das mudanças nas regras legais, que permitiram a utilização da alienação fiduciária como instrumento jurídico dos contratos. Com isso, o banco tem maior segurança para emprestar, pois o imóvel é a garantia do crédito.

Na ponta do lápis, os números da Caixa Econômica Federal indicam o quanto melhorou esse cenário. "Em 2003, as contratações de crédito imobiliário pela Caixa foram de R$ 5,1 bilhões e, no ano passado, de R$ 80,09 bilhões. Em perspectiva conservadora, deverá atingir R$ 96 bilhões ao final deste ano", diz o vice-presidente de governo e habitação da instituição, José Urbano Duarte, observando que no início de 2012 a estimativa era menor, de R$ 90 bilhões para este ano. O volume de unidades financiadas passou de 251,4 mil para 1,09 milhão, na mesma base comparativa e, segundo Urbano, quase 80% dos financiamentos da Caixa são para a classe de renda de até R$ 4,7 mil mensais. "Neste ano, até abril, as contratações já somaram R$ 29,5 bilhões, mas esse é o período de menor volume, historicamente", diz o executivo.

Boa parte dessa estatística é recheada pelo "Minha Casa, Minha Vida", que já está na segunda fase-prevê mais 2 milhões de moradias até 2014, que serão somadas ao 1 milhão da etapa inicial. No ano passado, a Caixa desembolsou R$ 37,2 bilhões para financiar a aquisição de 480 mil moradias do programa e, em 2012, a previsão é destinar mais R$ 41,3 bilhões, segundo projeção do banco publicada pelo Ministério da Fazenda, que indica ainda mais R$ 31,6 bilhões para o ano que vem e R$ 32,2 bilhões, em 2014.

Urbano afirma que nessa segunda fase, iniciada em 2011, foram financiadas quase 647 mil habitações e a maior parte para a população com faixa de renda mensal de até R$ 3,1 mil. Quando somadas as duas fases, foram 1,646 milhão de moradias financiadas, sendo que 740,9 mil foram entregues. O executivo da Caixa acrescenta ainda que o programa, dependendo da faixa de renda e do local, pode alcançar subsídio próximo a 90%.

Fonte: Redação 

Resumo do texto:

O texto aborda o aumento significativo na liberação de crédito para habitação pela Caixa Econômica Federal, passando de R$ 5,1 bilhões em 2003 para R$ 80,09 bilhões no ano passado. Esse crescimento é atribuído a medidas econômicas como mudanças na remuneração da poupança, redução da taxa de juros e programas como o "Minha Casa, Minha Vida". A expansão do crédito tem impulsionado a construção de moradias, impactando positivamente o mercado imobiliário e contribuindo para reduzir o déficit habitacional no país, principalmente entre a população de baixa renda.

Fonte:
ABC Imóvel
O Portal de Imóvel do Grande ABC de São Paulo
www.abcimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel